Mário revela pré-contrato de Luiz Henrique com o Betis e argumenta que Fluminense não podia esperar

Presidente tricolor confirma venda da joia para Espanha e pede voto de confiança após críticas da torcida: “Clube precisa passar por momento de reconstrução, com medidas às vezes impopulares”

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, convocou uma entrevista coletiva na tarde deste domingo para explicar a negociação de Luiz Henrique com o Betis, da Espanha. Em videoconferência do CT Carlos Castilho, o mandatário confirmou a venda de 85% dos direitos econômicos da joia tricolor por aproximadamente € 13 milhões de euros (cerca de R$ 70 milhões na cotação atual), incluindo bônus, e revelou que já há um pré-contrato assinado com o clube espanhol.

– Sei que as pessoas estão discutindo desde ontem comparativos nas redes sociais: “Esse jogador foi vendido por A, esse foi comprado por B”… Existem vendas melhores que essa, existem vendas piores que essa, mas toda e qualquer venda depende sempre de valor de mercado e da situação e necessidade de quem está vendendo. A gente precisava fazer uma venda na janela do final de ano. Não conseguimos fazer essa venda, as últimas duas janelas foram as piores dos últimos cinco anos em razão da pandemia. Diante de tudo isso, a gente assinou um pré-acordo ainda em fevereiro, que previa a ida do atleta entre julho e agosto, e construímos uma operação financeira para ter o clube com a sua austeridade, credibilidade e estabilidade em dia.

“Nenhum de nós fica feliz em no meio do ano ter a saída de um atleta que temos um carinho enorme, que é um grande jogador e tem nos ajudado bastante. Mas viemos demonstrando ao longo da nossa gestão, por isso peço um voto de confiança, que viemos conseguindo repor as saídas e a cada ano temos performance melhor em campo”.

Mário Bittencourt concedeu entrevista coletiva no CT — Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC

Veja outras respostas da coletiva:

 

Por que precisa vender?

– O fato de estarmos fazendo um excelente início de temporada, termos conseguido montar um bom time para esse ano, não significa que não sigamos em reconstrução financeira e reconstrução do clube como um todo. Nesses quase três anos o clube precisa passar por um momento de reconstrução, com medidas impopulares, para que possa seguir em frente em razão de tudo que encontramos quando chegamos e que interfere no nosso dia a dia. Além disso temos o seguinte cenário no início de ano: depois da saída da empresa de televisão que patrocinava o campeonato carioca em 2020, nós ainda tivemos uma receita em 2021 pela rescisão do contrato, mas em 2022 essa receita zerou. Então, nos primeiros quatro meses do ano, a gente não tem receita nenhuma de televisão. E as receitas do Campeonato Brasileiro só se iniciam em maio.

– Quando chegamos aqui em 2019, 100% dessas receitas de televisão estavam comprometidas com empréstimos por administrações anteriores, e hoje ainda temos 50% comprometidos. Portanto, com todo esse cenário de falta de recursos no início do ano, de recursos comprometidos e de dívidas de curto prazo que colocam nossa sobrevivência em risco, exemplo: esse ano ainda temos que pagar R$ 17 milhões de dívidas internacionais, de compras como Sornoza e Orejuela. A falta desse pagamento pode gerar o impedimento de transferências e a perda de pontos. Além disso temos as parcelas do Profut, que viemos pagando, e vamos entrar no regime de centralizações de execuções, que a gente obteve tanto na Justiça do trabalho quanto na cível, onde os pagamentos começam em abril.

– Mais ou menos 40% das nossas receitas é de venda de jogadores. Em 2020 dei uma entrevista em que fui bastante criticado, disse que a solução de momento, não daquele ano, mas da reconstrução do clube, é ter no mínimo 30% de jogadores da base no profissional, fazer com que performem e ao mesmo tempo sejam ativos que temos que vender para não precisar pegar empréstimos. Foi graças a essas vendas nesses dois anos que a gente conseguiu pagar uma grande quantidade de dívida, aumentar o fluxo de caixa para investir mais no futebol e ano a ano ir crescendo. Todo esse cenário fez com que abríssemos a negociação ainda em janeiro. Portanto, nada ocorreu após o jogo de quarta-feira. A negociação vinha sendo feita, e o clube vinha resistindo, fazendo contrapropostas, e acreditando que as outras duas operações (Nino e Gabriel Teixeira) iriam se concluir e não aconteceu.

Faltou planejamento?

 

– A venda de jogador faz parte do planejamento. A melhor janela é sempre a de meio de ano, mas precisávamos fazer uma ou duas vendas no final de ano para suprir algo que não é responsabilidade do Fluminense: a rescisão do contrato de televisão do campeonato estadual. Está previsto no nosso orçamento de R$ 90 a R$ 100 milhões de reais em vendas de nossos jogadores para sobreviver. Em nenhum momento o fato de ter montado time mais competitivo eu vim dizer que o Fluminense se livrou das dívidas. Todas as receitas que a gente recebe, cotas de TV, patrocínio, bilheterias… Elas são usadas para custeio do clube como um todo, Xerém, viagens, logísticas… Para jogar contra o Olimpia agora por exemplo, entre voo fretado, hotel e tudo mais, vai nos custar mais de R$ 2 milhões.

– Esse processo de reconstrução do clube falei no inicio que duraria nove ou 10 anos, mas que com o trabalho que estamos fazendo reduziu para mais ou menos quatro a cinco anos à frente vamos conseguir colocar absolutamente tudo nos trilhos. Poderíamos esperar até o meio do ano? Acredito que ele sairia do mesmo jeito, porque as propostas iriam chegar no meio do ano, mas infelizmente em razão desse cenário financeiramente não conseguiríamos esperar. O atleta está ciente de tudo, o tempo inteiro, isso não alterou a performance dele. Ele também tem o sonho de jogar lá, as propostas salariais são estratosféricas para um menino dessa idade.

“Quando a gente chegou aqui em 2019 ele não tinha subido junto com a geração dele. O Odair e nosso diretor executivo o viram na Copinha e pediram para que viesse para o profissional. Temos a felicidade de termos transformado ele em um grande atleta. Obviamente vai ficar uma tristeza enorme se ele partir, mas precisamos às vezes tomar medidas que desagradam a muitos, inclusive pessoas da minha família, amigos… Mas eu preciso lutar sempre pela perenidade da instituição”.

 

Qual o valor da venda?

 

– Tivemos algumas sondagens ao longo desse tempo, mas nada nunca maior do que € 10 milhões de euros. A primeira proposta que chegou foi de € 7 milhões de euros por 100% dos direitos. A gente negou, foi feita uma segunda investida de € 8 milhões de euros também por 100%, também negamos, e acabamos caminhando para fazer uma venda de € 13 milhões de euros por 85% do atleta. Permaneceremos com 15% dos direitos econômicos, não é de mais-valia. Se o atleta for vendido lá, teremos 15% do valor integral da venda. Esses € 13 milhões estão divididos entre valores fixos e bônus, que por questões contratuais prefiro me reservar ao direto de não falar para preservar as questões do clube que está fazendo a aquisição.

“Se imaginar que estamos vendendo 85% por € 13 milhões de euros no valor global, o jogador está sendo avaliado neste momento em € 15 milhões de euros. Óbvio que a conta não é essa porque se ele nunca mais for vendido a gente vendeu por € 13 milhões de euros. Mas se um dia ele for vendido por € 50 milhões de euros, temos mais 15% do valor a receber (€ 7,5 milhões de euros)”.

 

– Quando se faz uma venda para clubes de maior poderio financeiro e de disputa de competitividade na Europa, normalmente essas vendas são um pouco mais altas porque não existe revenda. Vou dar exemplo: em 2006 o Fluminense vendeu o Marcelo, a vida inteira teve um percentual de revenda dele, e ele jamais foi vendido pelo Real Madrid. Quando se faz vendas para clubes assim, o percentual que se carrega não se efetiva. Um exemplo contrário: o próprio Fluminense vendeu o Richarlison aqui para o Everton, depois ele foi vendido, e o Flu recebeu valores adicionais. Por isso disse que comparar vendas de jogadores em períodos distintos, por clubes distintos e situações distintas, é uma discussão interminável em toda e qualquer lugar. Temos que ver a situação nossa de momento e quanto o mercado neste momento estava colocando de preço no jogador.

Precisará vender mais alguém?

 

– Está previsto no mínimo entre R$ 90 e R$ 100 milhões em 2022. Se conseguirmos, vamos concluir o ano em dia com as principais dívidas que temos e nosso custo mensal. As pessoas precisam entender que gastamos em média mensalmente pagando dívidas algo em torno de R$ 4 a R$ 5 milhões. Isso tudo estava planejado, fazer uma venda de final ou início de ano. Duas delas a negociação aconteceu e caminhou para fechar. Como infelizmente, por motivos alheios a nossa vontade elas não caminharam, o departamento financeiro me chamou e disse: “Presidente, a não realização dessas duas vendas, a inexistência de cotas de TV nos quatro primeiros meses, a redução do câmbio, em razão de problemas que vêm acontecendo (guerra na Europa), tudo isso fará com que a gente precise de uma receita extraordinária até o meio do ano para seguir o planejamento que desenhamos em conjunto”.

– Buscamos outros caminhos, mas desportivamente, pela bola que ele vem jogando, inevitavelmente ele sairia no meio do ano de qualquer jeito. Porque quem compra na janela de meio do ano quer levar no meio do ano. A gente perderia ele no time de qualquer jeito. A questão que vai discutir é se a venda seria melhor ou pior, e aí depende de uma série de fatores. Deus me livre e guarde de sofrer uma lesão ou não, estar jogando ou não de titular… São coisas que dependem do campo. Por isso fizemos esse pré-contrato para montar essa operação financeira e o clube sobreviver. A partir do meio do ano, há necessidade, sim, de fazer mais uma ou duas vendas para manter a possibilidade de investimento no time, continuar pagando dívida e já reforçar quem sabe para 2023.

Dinheiro da Libertadores, Carioca e Michel Araújo

 

– Vou começar pelo Michael Araújo. A data que o clube lá tem para exercer o direito de compra é dia 25 de maio. Obviamente, temos uma boa relação lá. Entramos em contato, sim, para saber se eles queriam fazer já a aquisição do jogador. A resposta foi: “Só vamos nos manifestar em maio”. A premiação do Carioca pelo título, caso a gente seja campeão, não paga 1/3 da folha do futebol. Justamente pela saída da rede de TV que custeou o campeonato por muitos anos. A gente tinha um recebimento nos primeiros três meses do ano de mais ou menos R$ 20 milhões.

– E o pagamento da Libertadores não é feito à vista. Ele é feito de 10 a 20 dias após cada partida em casa da fase de grupos. Então, entende a nossa situação? E a gente depende de classificar. Tomara que a gente consiga. Pensamos em fazer voo comercial, mas não há voo direto do Rio para o Paraguai. E a nossa logística nos apresentou que levaria de seis a sete horas para chegar ao destino. Estamos fazendo um sacrifício de pagar fretamento para fazer um voo mais curto e com mais conforto para chegar em melhores condições. Se a gente classificar, a fase de grupos começa em 5 de abril. E a gente só recebe a primeira parcela entre 10 ou 20 dias úteis após o primeiro jogo no Rio.

– No Carioca, a gente foi criticado por jogar no campo da Portuguesa. Mas foi para minimizar os custos de aluguel de estádio. A gente precisa participar da licitação do Maracanã, vamos ter de fazer aporte financeiro ao lado do Flamengo, e isso deve ocorrer entre maio e abril. Então, imagina. Eu tomo uma decisão impopular. Mas eu tomo com 40 decisões em cima do financeiro para manter o clube. Para que ele entre em campo, para que ele jogue. Repito: tinha de tomar uma decisão nesse momento para suportar toda essa carga que nós temos até meados de 2022. Dali em diante, a gente acredita que poderá sobreviver bem.

Gastos com Caio Paulista, Cris Silva, Matheus Ferraz e Samuel Xavier

 

Investimento de cerca de R$ 9 milhões em Cris Silva foi alvo de questi — Foto: Reprodução

Investimento de cerca de R$ 9 milhões em Cris Silva foi alvo de questi — Foto: Reprodução

– Toda e qualquer aquisição de atleta é oriunda da nossa análise técnica. Você deu exemplos que, segundo você, não agradam no momento, mas também temos situações como a compra do Michael Araújo, que hoje tem opção de compra com valor muito maior. O futebol precisa ter uma balança comercial. Não se pode discutir o varejo, você tem de discutir todo o departamento. O que você compra e o que você vende. As compras citadas por você foram feitas no longo prazo. A do Cris Silva está parcelada até dezembro de 2023. Então, se falar o valor de maneira cheia, eu teria de desembolsar na semana que vem. E não é isso. O valor está diluído no fluxo de caixa do clube.

– Assim como a gente contratou o Jhon Arias e, como ele está bem, ninguém critica. É uma compra parcelada que também temos de pagar. O Caio Paulista, ao ser adquirido, tinha feito duas temporadas com empréstimos gratuitos e foi muito bem na Libertadores. Desde que ele fez aquele gol no Maracanã, eu recebi uma série de mensagens dizendo que era para comprar. Mas agora, depois da lesão, ele não está performando bem. Mas é um ativo do clube, que está parcelado até junho de 2023. Em nenhum momento, essas duas compras parceladas afetam o nosso fluxo de caixa. Se afetasse, falaria.

– Samuel Xavier foi renovado sem custo de aquisição. Só o salário. Como todos os outros. Repito: a receita ordinária do clube paga os custos do clube. Se a gente não tivesse a dívida e não vendesse nenhum jogador, pagaria os custos do clube, incluindo a folha do futebol. O Fluminense não faz investimentos de compra maiores do que o seu custo do futebol anual. Passa por folha, encargos, logística, estádio, enfim… Não é o salário de um ou outro jogador que interfere. Eu já falei, a gente trabalha com teto do grupo todo. Nunca há um aumento significativo.

Antiga entrevista dizendo que Flu vendia mal

 

– A entrevista que você se refere foi logo após a venda do João Pedro. Essa venda foi € 2,5 milhões de euros fixos com bônus e performance que poderiam chegar a € 11 milhões de euros. Naquele momento eu sabia do valor da operação e achei que foi uma venda muito abaixo. Eu recebi proposta de €1,5 a € 2 milhões de euros pelo Luiz Henrique quando ainda não era o Luiz Henrique de hoje, e em um momento em que estávamos em uma situação financeira muito pior do que hoje, mas não resolvia absolutamente nada da vida do clube naquela época. A venda do João Pedro eu achei muito baixa mesmo e não retiro absolutamente nada do que falei. O Fluminense acho que vendia mal. Hoje não vende muito bem por causa da sua situação financeira, mas vende melhor do que vendia.

– Por que digo que vende melhor? Porque vende os atletas já performando no time profissional, disputando grandes competições, vende mantendo bons percentuais de futuro e porque vende valores históricos melhores. Pode melhorar a venda? Pode. Não digo nem melhorar, digo recusar a venda. Certa vez ouvi de um scout: “Toda vez que você recusa vender um jogador por um preço, seja ele qual for, você compra o jogador pelo preço que recusou”. Em que sentido ele diz isso? Você tem uma necessidade de vender, e estamos falando de um ativo de alto risco, todo e qualquer atleta de futebol. Recebi informações quando cheguei aqui, que antes da lesão de cruzado no joelho, o Pedro tinha sondagens do Real Madrid de 17 18 milhões de euros por 100%.

“Nós já vendemos, desde 2019, algo em torno de R$ 250 milhões em jogadores feitos aqui. Nos últimos seis anos, o Fluminense vendeu em torno de R$ 600 milhões em jogadores feitos na casa. Se vendeu bem, mais ou menos ou se pode vender melhor é uma discussão que eu respeito, aceito. Mas a verdade é que se o Fluminense quitar as suas dívidas, ou tiver elas pelo menos equacionadas, e a cada ano ir conseguindo vender melhor, o clube será autossustentável com sua fábrica de jogadores”.

 

Adiantamentos Kayky, Metinho, Gilberto, Orejuela, Pedro…

 

– As antecipações do João Pedro foram feitas diretamente com o clube que comprou o jogador, porque o clube entendia que ele iria atingir os bônus em breve, e em razão de uma boa relação que a gente construiu. Orejuela a gente vendeu e não recebeu, há um processos na Fifa, então não tem como antecipar receita com uma instituição financeira de uma dívida que estou cobrando. Os valores do Pedro foram todos recebidos, se ele tiver uma venda futura a gente receberá mais, porque nós seguimos com direitos econômicos. A venda do Gilberto também já foram recebidos todos os valores. E os bônus do Kayky ainda estão difíceis dele atingir, porque são todos previstos quando estiver no time profissional e nas grandes competições que o Manchester City disputa.

“Neste momento a gente não tinha nenhuma outra possibilidade de antecipação de receita de venda de atletas, nem de outras cotas de TV, nem de fase de Libertadores…”

 

Imagem do Fluminense como mau vendedor

 

– A visão que o mercado todo tem é que o Fluminense é um grande formador de jogadores em larga escala, e que por isso tem uma grande quantidade de venda de jogadores. O que o mercado acha do Fluminense? Acredito que nos últimos 10 anos, em razão de o Fluminense não ter disputado competições internacionais, não ter tido grandes elencos… Essas coisas fazem com que o jogador brilhe mais porque a performance do time é melhor. E tem outra coisa, e aqui não vai uma crítica, durante mais ou menos 10 anos o Fluminense teve um aporte financeiro de comprar jogadores prontos que fez com que o clube usasse poucos atletas da casa. Você pega os títulos brasileiros e a própria Copa do Brasil que não era um time galáctico, mas de jogadores comprados em outro lugar.

– Quem tem dinheiro para investir em jogadores prontos normalmente não utiliza jogadores da base. Essa é até uma crítica de outras torcidas a clubes de grande investimento. Quantos atletas da base do Atlético-MG jogam no time principal? Quantos do Palmeiras nos últimos anos? Quantos do Flamengo? Por quê? Porque quem tem dinheiro para comprar jogadores de alto nível usa pouco a base. Então acho que todo esse cenário, de o Fluminense ter ficado muitos anos usando pouco a base, e depois, quando precisa começar a usar a base, nele não tem grandes times para performar, isso deu uma linhagem ao mercado que o Fluminense faz excelentes jogadores, mas não performam dentro de grandes elencos e não disputavam competições internacioanis.

– Acho que o último jogador nosso que performou em um time campeão foi o Welllington Nem. Você vê o próprio Richarlison, que é um jogador belíssimo, foi vendido por € 12 ou € 12,5 milhões de euros porque não jogava em um time que estava disputando competições de alto nível. Eu acho que seja por isso. Mas somos vendedores, como vários outros clubes são no mundo. E acredito que a recuperação financeira que a gente vem fazendo, mais a melhora da performance no campo, vai fazer com que a gente venda melhor mais na frente, além da saúde financeira que precisa ter maior para poder recusar propostas.

Haverá reposição para a saída do Luiz Henrique?

– Normalmente quando perde um atleta da base por venda, a gente procura repor com atletas da própria casa. Mas desde janeiro, quando começamos a receber investidas, nosso departamento de scout vem olhando outros jogadores, sim, além dos da casa, para em caso de perda, que possivelmente é o que vai acontecer no meio do ano, a gente possa fazer uma reposição.

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andre.luiz
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