Opinião do Cronista
Estamos numa semana interminável sem jogos do nosso querido Fluminense, mas aí por incompetência nossa em não chegar nesta final de Copa. Isto nos força à reflexão.
Primeiro uma certeza: não há nenhum Tricolor que não tenha sido pensado para a Eternidade e não queira ser Campeão. Mas a dúvida é: de que FORMA? Aliás, essa foi a dúvida que muitos ficaram depois das declarações do nosso Técnico.
Nesse momento vem à mente de todos a Mandala derrotada que querem cravar na fronte de Fernando. Ele não é o vaticínio da parábola em que o semeador que lança a semente no meio dos espinhos, que já nasce e já se sabe o seu fim.
Para mim a resposta não está no encantador domínio que muitas vezes, verdade, mostra-se inócuo. O Diniz já aprendeu que precisa ser objetivo: O gol é mais importante que o passe.
Porém é fato que no nosso Fluminense a defesa perdeu a sua consistência e agora o ataque não garante vitórias. O trabalho precisa ser reiniciado com humildade. E todos sabem, sem defesa, não veremos vitórias.
Precisamos também de diversidade de jogadas. Um exemplo são as ultrapassagens rápidas, saindo da pressão alta dos adversários nos inícios de jogadas. Outro é o chute de meia distância que desapareceu totalmente de nosso cardápio.
Por fim: o rodízio. Não precisamos espremer a laranja até o bagaço. Fernando precisa saber preparar efetivos reservas e não se fixar em alguns jogadores que hoje, sinceramente, só entram porque têm nome, ou são talismãs, mas sem nenhum brilho.
O jogo de aproximação precisa continuar, porque é a marca de Diniz. Porém não pode ser sua camisa de força.
À diretoria cabe prover, dentro das nossas possibilidades, os jogadores (detesto falar peças!) que consigam cumprir esses papéis acima descritos. Não conseguiremos trazer os melhores da posição, mas aí entra a magia do Diniz em aperfeiçoá-los.
A nós cabe acreditar ou não nessa ideia. O Diniz está a menos de 6 meses. Todos nós, a menos de 3 semanas, queríamos sua renovação imediata com medo de perdê-lo. Hoje execramos sequer pensar em renovar seu contrato, porque aparentemente não atingiu seus objetivos.
É fato: ser pedra é muito confortável. Nunca está aí para brilhar. Somente para destruir. O Grande Senhor dessa história que pode nos ajudar a retornar de forma definitiva ao primeiro lugar do pódio é o Senhor TEMPO.
Eu acredito no Diniz, mesmo sabendo que ainda não é um Técnico Completo.
Nosso histórico nos últimos 10 anos nos provou: o que nos falta é PACIÊNCIA. Por isso colecionamos desastres na frente do banco que duraram em média os mesmos 6 meses que ora o Fernando tem.
Exceção: nosso Abelão!
É isso que você quer? Ser impaciente pensando que assim, sendo voluntarioso e cheio de opinião chegar-se-á aos campeonatos? Veja a história de Times Campeões e não foi esse o caminho trilhado. Talvez somente daqueles que, por curtos momentos, tiveram muito dinheiro para gastar.
Mas isto, efetivamente, não é hoje a nossa situação.
Essa é a visão do PACIENTE Opinião do Cronista.
Fernando Barcellos
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