Fluminense procura Cuca, mas técnico recusa convite: “Ainda não está preparado”, diz empresário

Atual campeão brasileiro, treinador alegou problemas familiares para deixar o Atlético-MG e deve continuar sem clube até o fim do ano, voltando a trabalhar só em 2023. Diniz segue o mais cotado

O primeiro nome que o Fluminense escolheu para a vaga de Abel Braga, que entregou o cargo e encerrou sua carreira de técnico no Brasil, foi o de Cuca. Atual campeão brasileiro, o treinador de 58 anos está livre no mercado desde que deixou o Atlético-MG em dezembro, alegando problemas familiares, e foi procurado pela diretoria tricolor na noite da última quinta-feira.

Cuca durante participação no programa "Bem, Amigos!" — Foto: Reprodução / Sportv

Cuca durante participação no programa “Bem, Amigos!” — Foto: Reprodução / Sportv

Cuca chora com a permanência do Fluminense na Série A em 2009 — Foto: ge

Cuca chora com a permanência do Fluminense na Série A em 2009 — Foto: ge

Na nota oficial do Atlético-MG para anunciar a saída de Cuca em dezembro, há um trecho onde a diretoria do Galo disse que o técnico deu a palavra de que não assumiria outro time nesta temporada: “o treinador também afirmou, na mesma reunião, que não iria trabalhar em nenhum outro clube em 2022, para se dedicar unicamente às questões familiares”. Ele está com a família no Paraná.

Nos bastidores, Cuca é um dos nomes cotados para assumir a seleção brasileira após a Copa do Mundo do Catar no final do ano. O técnico Tite, que está no cargo desde junho de 2016, já anunciou que sairá depois da participação no Mundial, independentemente do resultado. Se a CBF não for atrás de um treinador estrangeiro, o atual campeão brasileiro surge como um dos favoritos.

Fernando Diniz, o mais cotado

A investida em Cuca foi feita, mas já se imaginava internamente que o treinador seria uma opção improvável neste momento. Com isso, a diretoria tricolor volta as atenções para o mercado e vai atrás de outro nome a partir desta sexta-feira. Quem segue como o mais cotado para assumir o time é Fernando Diniz. Ele não foi procurado ainda, mas é o que mais agrada entre os nomes na mesa.

Fernando Diniz continua como mais cotado para assumir o Flu — Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC

Fernando Diniz continua como mais cotado para assumir o Flu — Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC

O técnico, que teve como seu último clube o Vasco no ano passado e está livre no mercado, já passou pelo Fluminense em 2019, já na gestão de Mário Bittencourt. Em entrevista ao ge em junho de 2021, o presidente tricolor foi questionado de algum arrependimento ao longo da gestão e respondeu:

– Eu não teria demitido o Fernando Diniz naquele momento. É duro dizer isso porque depois veio um treinador que deu mais resultado, que foi o Odair. Mas naquele momento eu não tiraria o Fernando. Acho que o time jogava bem, e a gente ia conseguir sair (da zona) com o Fernando. Mas o comando do futebol não estava na minha mão, faltava estabilidade, ambiente estava muito instável, eu acabei cedendo. Hoje eu faria diferente. Ou se ele tivesse saído eu teria efetivado o Marcão diretamente.

Na época, o então vice de futebol, Celso Barros, foi o grande incentivador da demissão de Diniz, enquanto Mário e Angioni preferiam mantê-lo, mas foram convencidos do contrário. Porém, a relação entre eles continuou boa, e inclusive o treinador jamais entrou na Justiça para cobrar o que o clube lhe devia. Ele aceitou fazer um acordo extrajudicial e não ajuizou o processo mesmo quando o pagamento das parcelas do compromisso atrasava, atitude que foi muito valorizada internamente.
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andre.luiz
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