Técnico afirma que equipe ficou “100% esgotada” após a partida na altitude e, mesmo com pênalti defendido por Fábio, volta a reforçar que decisão da titularidade no gol é do treinador de goleiros
Mesmo com a vitória do Fluminense sobre o Millonarios por 2 a 1, de virada, nesta terça-feira, no El Campín, pelo jogo de ida da segunda fase da Libertadores, Abel lamentou o fato de a equipe não ter aproveitado melhor o fato de jogar com um a mais. Em coletiva após o jogo, o treinador afirmou que a equipe terminou a partida esgotada fisicamente e que ficou abaixo do que poderia ter produzido, especialmente pela vantagem numérica — Sosa foi expulso logo aos 18 minutos do primeiro tempo.
– (Substituições) Mudaram (o jogo), mas não a característica. Começamos a ter mais a bola, mas não parecia que tínhamos um jogador a mais. É nítido quando você faz um comentário, quando joga na altitude, é muito complicado ter 50% de acerto, porque tínhamos um jogador a mais e parecia que estava 10 contra 10. Jogamos muito para trás. Ficamos, no meu modo de pensar, muito abaixo do que podemos produzir, fisicamente acabamos o jogo esgotados 100%, e mesmo assim poderíamos ter feito em três oportunidades o terceiro gol e não fizemos. Isso é ruim para o próximo jogo.
Mesmo com a defesa de pênalti de Fábio, Abelão não abriu mãos das convicções que apresentou em declarações anteriores. O técnico voltou a afirmar que a escolha para a titularidade no gol do Fluminense fica a cargo do preparador André Carvalho.
– O pessoal sabe que eu não sou de individualizar muito, se tivesse que individualizar hoje seria o Martinelli, que entrou muitíssimo bem. Nós no Fluminense, como em todo clube, temos o treinador de goleiro, e o Fábio foi contratado pelo excelente goleiro que é, e não só por ser um grande pegador de pênalti. Defendeu um pênalti em um momento crucial, muito importante, mas quem vai decidir quem joga ou não, todo jogo, é o André (Carvalho), que é o treinador de goleiros. Se eu amanhã achar que um goleiro que está jogando não está respondendo aquilo que eu espero, aí eu peço para trocar. Mas até agora acho que ambos estão até agora em um momento muitíssimo bom.
Veja outras respostas de Abel:
Comportamento da equipe
– Nós hoje ficamos devendo muito a nível de criatividade. Tivemos 60% de posse de bola, 32 vezes dentro do último terço do campo na parte ofensiva, mas fomos uma equipe que não vibrou, não sei, sinceramente… É difícil cobrar, eu vou saber isso quando conversar com eles. Acho que a altitude teve uma influência grande.
Jogo foi como imaginava?
– (Risos) Partida foi muito mais difícil do que eu imaginava. Uma equipe muito jovem, muitíssimo rápida, pressiona bem, joga em triangulação pelo lado do campo, foi bastante difícil. E soma-se a isso a altitude, que torna as coisas mais complicadas ainda.
Ganso e jogo contra o Vasco
– Acho que o Ganso entrou bem, o Arias entrou bem, o Cano entrou bem, Martinelli entrou muito bem… Estou falando de quatro jogadores. Vai até o momento da titularidade. O bom disso tudo é que todos têm trabalhado muito bem, temos fortificado muito nosso ambiente, que é espetacular, mas vamos com calma. Agora temos um clássico no sábado, no meio de dois jogos decisivos. Muito difícil, para nós, resolver colocar toda uma equipe no sábado para jogar na terça é muito complicado. A equipe vai ser escalada de acordo com o que a preparação física e a fisiologia decidir.
Felizmente o Abel viu o jogo! Vencemos, mas precisamos melhorar. Poderia ter sido uma apresentação melhor? Sim! Mas vamos comemorar essa importantíssima vitória e deixar o Abel trabalhar. Ele tem capacidade para resolver os problemas táticos.