Entrevista concedida ao GE
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Técnico substitui Eduardo Oliveira, que foi para o Cuiabá: “Espero entregar um time competitivo”
Campeão brasileiro sub-17 com o Fluminense em 2020, o técnico Guilherme Torres deu o pontapé inicial ao trabalho em uma nova categoria no clube: ele assumiu o sub-20 no lugar de seu irmão, Eduardo Oliveira, que foi para a comissão técnica principal do Cuiabá. Em entrevista ao site oficial tricolor, o comandante já mira outros títulos em seu novo desafio:
– Espero entregar um time competitivo, avançar nas competições e brigar por títulos. A equipe tem força para isso, para servir o sub-23 e o profissional. A expectativa é a melhor possível, para que consigamos desenvolver um trabalho formativo e competitivo. Sabemos a dificuldade das competições sub-20. Acompanhamos a Copinha, é um nível alto. Certamente buscaremos nossa melhor versão para entregar um time competitivo, agradável de se ver jogar e que pratique nosso DNA, dentro e fora de campo.
Em pré-temporada com o novo treinador, o Fluminense Sub-20 teve o primeiro teste neste sábado e venceu o Duque de Caxias por 4 a 0 em jogo-treino, com gols dos atacantes Lucas Felipe, Abner e Matheus Alves, e um do meia Hiago. Os jogadores que disputaram a Copinha e ainda têm idade de júnior ainda estão de férias e se reapresentam nesta segunda-feira em Xerém.
História com o Fluminense
– Cheguei ao Fluminense em abril de 2017, com o projeto de atualizar a metodologia que era realizada até então no clube. Foi assim durante três temporadas (2017/18/19). Iniciei 2020 ainda neste cargo, organizando processos, escrevendo um documento orientador metodológico e registrando, dentro de uma linha de pensamento, ideias que já existiam em Xerém, para que fossem aplicadas no dia a dia. Com isso, desenvolvi, junto com o Marcelo Veiga, o Eduardo Oliveira, coordenador metodológico na época, e outros profissionais, o DNA Tricolor.
– Após esse processo, houve uma solicitação para me tornar treinador do Sub-17, das gerações 2003 e 2004, em virtude da saída do outro treinador, e eu aceitei o desafio. Foi uma temporada de sucesso, não só no que diz respeito aos resultados, mas à formação e venda de jogadores. Em 2021, fizemos um trabalho que deixou um legado bacana para o clube. Agora, houve o convite para assumir o Sub-20. Acredito que será proveitoso, tanto para mim quanto para a comissão técnica e jogadores, no caminho da formação.
Elenco para 2022
– A maioria dos jogadores do nosso elenco eu conheço bem. Fui treinador das gerações 03 e 04. Atuava como coordenador da geração 2002, mas acompanhava demais o trabalho. Tenho um bom acesso aos meninos e conheço bem suas características de jogo. A geração atual ainda está criando sua identidade. Temos a geração 2002, em que os jogadores disponíveis têm bagagem no clube e serão importantes no processo. A talentosa geração 2003, mesmo sem três de seus principais jogadores – dois vendidos (Kayky e Metinho) e um no profissional (Matheus Martins); e a geração 2004, comprometida, guerreira e que possui disciplina tática. Esta mistura pode gerar uma equipe extremamente competitiva e talentosa”.
DNA Tricolor
– É nossa essência e identidade. No ambiente de Xerém, as pessoas se respeitam e são comprometidas. Existe um grande espírito de equipe. Elas têm liberdade para criar e inovar. Sou a prova viva de que, se fizer o seu melhor no dia a dia, as oportunidades e a projeção dentro do clube vão aparecer. O DNA Tricolor é a prática dos nossos cinco valores. A partir de um jogo ofensivo, buscamos desenvolver o drible, o passe e a finalização, com comportamentos técnicos e táticos atuais, pensando o futebol do futuro, mas com a mesma essência.
Segredo do trabalho
– É difícil falar qual seria meu segredo. Cada treinador tem sua particularidade. Eu busco ser honesto com jogadores e comissão técnica, através de uma comunicação clara, concreta e concisa. A comunicação talvez seja uma das minhas forças para conseguir engajar as pessoas envolvidas no projeto. Costumo delegar responsabilidades aos meus auxiliares e jogadores, porque a responsabilidade não pode estar sempre no ombro de uma ou duas pessoas. Ela precisa ser dividida, obviamente, a partir de uma liderança. É o que eu busco: uma liderança que escute, busque soluções, mas que pense sempre em função do coletivo, do grupo e, principalmente, dos objetivos do clube.
Desenvolvimento x títulos
– É difícil falar do mais importante. Eu não consigo ver uma coisa ou outra, escolher uma das duas. Elas caminham lado a lado. Eu busco desenvolver outras pessoas. O lado formativo é forte comigo. Mas, ao mesmo tempo, sou competitivo e gosto de ganhar. Principalmente nas categorias mais velhas, o jogador precisa estar acostumado a competir e ganhar. À medida que se avança em competições de nível elevado, os jogos ficam mais complexos, o que auxilia na formação dos jogadores e membros da comissão técnica. O grande objetivo é conseguir formar bem e ganhar.
Muito justo. Fez grande trabalho no 17. Merece o upgrade.
Fluminense valorizando os seus profissionais.