A primeira vez do FRED – Coluna MINHAS MEMORIAS TRICOLOR

Texto escrito por Rodrigo Erthal

Ah, o futebol! O futebol consegue ser tão apaixonante por ser essa caixinha de surpresa, nós torcedores sempre fazemos contas, criamos sonhos, mas o futuro ninguém sabe. E por mais que em 2009 estivéssemos trazendo um jogador que atuara na última Copa do Mundo, não esperava que 14 anos depois, estaríamos próximos de nós despedir de alguém que está, pelo menos, no TOP5 de maiores de nossa história.
Lembro-me até hoje o boato que surgira no final de 2008, Fred insatisfeito com a reserva decorrente da pouquíssima utilização na França, pediria para sair. O mesmo havia deixado bem claro em uma entrevista no Brasil, quando estava retornando para as festas de Natal.

“Depende do Lyon, meu contrato é até o meio de 2009, mas tenho interesse sim. Tive contatos com o Fluminense e Cruzeiro, mas a vontade é voltar a Minas, até pela ligação que eu tenho com o clube e torcida”

Essa declaração havia dado um banho de água fria na torcida tricolor e incendiado Minas Gerais.

O ano de 2009 então começaria para o futebol Brasileiro e o Fluminense, sem o nosso Coração Valente matador Washington, que decidiu mudar de tricolor, seria iniciado com Roger sendo o nosso camisa 9 (Calma, eu não estou louco, não era o Roger Machado e sim, Roger que havia feito sucesso com a camisa da Ponte Preta e depois rodou o Brasil), porém o começo tricolor e do próprio Roger foram trágicos. Em 5 jogos, contabilizaram 2 derrotas, 2 empates e 1 vitória, e nosso centro avante da época anotou apenas 2 gols e algumas grandes caneladas que já irritavam a torcida. Era evidente que precisávamos de um camisa 9, alguém para conduzir esse time até a glória que tanto esperávamos.

Apesar da novela Fred continuar se arrastando, o Fluminense no início de fevereiro surpreendentemente anunciaria Thiago Neves, o quase herói de 2008, para ser o 10 tricolor. Mas e o 9?

A expectativa era grande, porém sondagens da Europa sobre o Fred começaram a surgir e então, frustrações começaram a tomar conta, pois não tínhamos condições nenhuma de combater com propostas do velho continente. Restaria alguma esperança?

 

Mesmo com as dificuldades de trazer um jogador do calibre do Fred, toda a torcida tricolor mantinha a esperança em seu “mecenas”, Celso Barros, que gostava de “bater na mesma tecla”. Mas havia um trunfo e a torcida tricolor não sabia, Fred, mineiro de nascimento, tinha a alma carioca! Sempre que podia passava as férias no Rio, curtindo as belezas naturais de nosso estado e isso, determinou para que ele viesse assinar com o Fluminense.

No dia 27/02 Fred assinaria um Pré contrato com o Fluminense, no dia 04/03 era oficialmente anunciado como jogador tricolor e no dia 05/03 apresentado a sua torcida, 10 dias depois Fred fazia a sua estreia pelo Fluminense contra o Macaé, pelo campeonato carioca, cumprindo a profecia do seu Pai que estava no estádio e havia dito que seu filho guardaria 2 gols, uma noite e tanto para a torcida. E o resto? O resto é historia….

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andre.luiz
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5 comentários

  1. Para Tudo ! Este Sentimento Tricolor nunca se findará! ST é um enorme abraaaaaaaço 💚❤️🇮🇹🙏

  2. Excelente texto. Dinâmico e cheio de reminiscências intrigantes. Quero MAIS

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