Afinal, o que fala mais alto: Grana ou Amor? — Opinião do Cronista

Quando do lançamento do novo plano de Sócio Torcedor do nosso Fluminense, uma das grandes metas era a de fazer aumentar o número de Sócios através de benefícios de experiências exclusivas.

Esta primeira meta foi completamente atingida: 46.500 sócios no momento em que escrevo. E continuará crescendo, pois muitos torcedores estão tendo oportunidades que nunca teriam se este novo Plano não tivesse sido lançado.

No entanto aqui também há sugestões e correções a fazer.

Uma situação pontual está provocando muitas reações emocionadas em todos os sentidos: a saída do FRED. Há a sensação de “injustiça” que muitos de nós tivemos de perda de “direitos adquiridos”. Muitos não conseguirão ver a sua última partida. Este é um fato, mas é um direito adquirido?

O que falar dos problemas sistêmicos na compra de ingressos, que deixa qualquer leigo desesperado? Não estou falando isso não com raiva, pois fui um dos poucos que adquiri, às 12:01 h do dia 29/06, meu acesso ao jogo, antes do “Bug do milênio” na Plataforma do FutebolCard. Mas é inexplicável a incompetência dessas plataformas de compra no nosso País! Vai ser ruim em previsão de acesso lá na Casa do Chapéu!

Agora explicando a sensação de abandono de Sócios Torcedores: a Regra não está sendo descumprida. Está sendo, digamos assim, “sobre-utilizada” pelos novos Sócios. Não há infração à regra.

Uma das alegações da Gestão para a demora de lançamento dos novos Planos de Sócios foi a de que estava fazendo análises e buscando as melhores práticas nos demais Clubes. E aí não houve o cuidado de dar valor aos Sócios “antigos”? Não pensaram em fazer um tipo de Plano de Milhagem para que o direito de preferência fosse efetivamente adquirido pelos novos sócios, justamente para se evitar que novos entrantes disputassem nas mesmas condições que os já antigos?

A manutenção de acesso, digamos, irrestrito a qualquer dos setores “normais” do Maracanã (Sul e Leste) por “apenas” R$85 mensais é um benefício que se não acompanhado de uma carência, provoca justamente o que vimos agora no jogo do FRED. Novos sócios passando à frente de sócios de planos antigos.

Só como exemplo, um sócio Avanti (PAL), para esse mesmo benéfico de entrar e comprar em qualquer setor do estádio sem nunca ter ido a qualquer jogo antes, paga-se R$ 800 mensais – isso mesmo quase 10 vezes mais.

Agora não dá para mudar. A Gestão perdeu a oportunidade de criar essa Regra (que, concordo, demanda muita organização), mas nada que não possa ser resolvido, justamente para retornar ao sócio antigo uma sensação de respeito. Talvez a preocupação maior fora a de não criar regra que pudessem diminuir o ímpeto na entrada de novos sócios.

O sucesso na arrecadação do Sócio Torcedor está garantida. Superaremos em muito a meta de R$ 18mm do Orçamento de 2.022. Mas espero que o Clube repense em como repor esse amargo que ficará, principalmente, na boca de milhares de sócios Arquiba60% que durante meses e meses garantiram com seu pagamento e depois, com sua presença no Maracanã, públicos muitas vezes acima do que o próprio jogo oferecia.

Ainda uma última dúvida que realmente gostaria de saber da Gestão: os ingressos comprados e não utilizados podem ser devolvidos ao Clube e ter seu valor estornado com qual prazo de antecedência? Porque se for até o início do 2º.tempo (assim como normalmente o é para compra em bilheteria) é um Grande Plano de Seguro para Cambistas. O Fluminense precisa ser pioneiro também na questão de combate a esta prática muito comum e torpe que existe.

#ABAIXOCAMBISTA

Fernando Barcellos – Cronista Tricolor.

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andre.luiz
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