Escrito por Rodrigo Erthal – O jogador
Olá você que está lendo essa memória, hoje ela será especial, não estava ainda vivo nessa época, mas todo tricolor tem que saber desse grande embate que ocorreu a 47 anos atrás, Fluminense x Corinthians. Este jogo não valia para nenhum campeonato e hoje, seria apenas um mero amistoso, mas na década de 70, muitos clubes nacionais faziam amistosos repletos de rivalidades, com a torcida embarcando na onda, uma vitória mesmo que em jogos amistosos, embalavam muito bem o humor do torcedor durante toda a semana.
Mas esse jogo tinha “asteriscos” demais para não citar, primeiro que foi realizado em um sábado de carnaval, o maior evento público do planeta, diversos jogadores de ambos os times haviam disputado a copa de 74, o Corinthians vinha de uma traumática derrota contra o Palmeiras na final do Paulista e era a estreia de Rivellino pelo Fluminense.
Vamos dar um pouco de atenção a esses 2 últimos “asteriscos” primeiro.
Naquela época, os calendários não eram muito bem definidos e por muitas vezes, não seguiam uma ordem. Os campeonatos regionais que até então, eram os mais importantes do país, em 1974 foi terminar em meados de dezembro e o Corinthians de Rivellino acabou perdendo a decisão para o Palmeiras de Ademir da guia para mais de 120 mil presentes no Morumbi, Rivellino que até então era idolatrado, foi escolhido como o grande vilão naquela final e com isso, a sua passagem pelo Corinthians, clube de sua infância, um dos maiores “filhos do terrão”, estava chegando ao fim para sempre como jogador profissional.
Dai então, Francisco Horta, presidente tricolor e um visionário, queria 1 jogador para que fosse o modelo da sua equipe, um craque de copa do mundo, um jogador que ganhasse jogos e títulos, e lá estava a oportunidade, Roberto Rivellino.
*“Eu li que o Rivellino, na véspera, não tinha sido feliz em um jogo contra o Palmeiras. Palmeiras ganhou de 1 a 0. Na saída do Morumbi, a torcida do Corinthians destrói um posto de gasolina chamado Rivellino. Li isso, e embarquei para São Paulo, pra ir a casa de Rivellino”. Horta, Francisco. *
O craque paulistano chegaria então para vestir a 10 e dar inicio ao ambicioso projeto de Francisco Horta. Quis o doce destino, que seu primeiro jogo pelo Fluminense fosse contra o Corinthians, que bela ironia.
Falando sobre o jogo, a data era 08 de fevereiro de 1975 e estavam no Maracanã cerca de 40 mil tricolores, vestidos de diversas alegorias e fantasias, as cores tricolores se fundiam com o carnaval. Para embalar mais e mais, a escola de samba Mangueira e o ilustríssimo Cartola se faziam presentes regendo o maracanã.
“Chegou no Rio e, logo de saída, fez três gols contra o Corinthians. Foi num sábado de carnaval a estreia dele. Foi 4 a 1 para o Fluminense e ele fez três gols. Depois fomos campeões da Taça Guanabara em 75”. Paulo Emilio, técnico tricolor de 1975
Eu que amo o século 21, daria de tudo para estar vivo nesse dia.
Ah, e o jogo? 4×1 Fluminense, Rivellino fez 3 gols, um deles com muita técnica, um dos gols mais magníficos do Maracanã, o príncipe das laranjeiras receberia livre na entrada da área e com um toque sutil, encobriria o goleiro com o seu pé oposto, golaço! O mais bonito além desses gols, foram as comemorações que o próprio Riva fez, comemorando como se estivesse em uma copa do mundo.
O resto você já sabe, um triênio que daria gosto de ser tricolor! Vence o Fluminense!
Ps. Se tiver tempo, reveja os 3 gols do “Curió das laranjeiras”
JOGADOR… NÃO BASTA ESTARMOS TODOS EMOTIVOS COM TANTAS SITUAÇÕES DO NOSSO FLUZÃO DE HOJE E VOCÊ ME PRESENTEIA COM UM PASSADO QUE REMETE AO MEU FUTURO! MUITO OBRIGADO POR ESSA HOMENAGEM
Jogador tem sido nosso baú do esporte tricolor.
Várias histórias já escritas aqui no site e a de hoje muito especial. Uma época que também não vivi, nasci em 1976, mas que obviamente conheço pois foi passada de pai para filho e através dos livros e Internet.
Belo texto Jogador!
Parabéns, jogador! Belo texto! Amanhã repetiremos o placar.
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