Opinião do Cronista Tricolor.
Na noite desta 6ª.feira, fui alertado por um amigo sobre uma live feita no pós-jogo contra o Oriente Petrolero, onde um tricolor acima de qualquer suspeita, o Gugu Tricolor, estava inconsolável ao ver que vários torcedores desmerecendo nosso jogo, passando ele a cobrar a baixa presença de público nos nossos jogos.
Lembrei-me de um outro vídeo, este de Rica Perrone, onde ele disse de forma categórica: “O brasileiro não gosta de esporte, gosta de ganhar”!
Eu tendo a concordar com isso. É um problema Cultural brasileiro (ou falta de). E isso aconteceu não só no futebol, mas também na F1 (após a tríade Fittipaldi, Piquet e Senna), no Judô (Aurélio Miguel), no Tênis (Gustavo Kuerten), no Xadrez (Mequinho), no Volley (com os times a partir de Bernard e sua Jornada nas Estrelas) na Ginástica olímpica (época de Olimpíada) e etc.
Então essa “deficiência” cultural explica muito, MAS NÃO TUDO.
Explica talvez o que hoje está associado à “democratização opinativa” de muitos que verdadeiramente não poderiam ter esse palanque virtual tão grande a ponto de acharem poder rivalizar suas opiniões com as teses de Doutores de Cátedra. E na mídia segmentada do Flu há muitos que querem crescer sempre desmerecendo o Clube!
Sem querer entrar em polêmicas que podem resvalar na política (“p” minúsculo mesmo), no caso da Torcida do FLU está havendo mesmo é seu apequenamento. E por que isso? Relaciono abaixo alguns motivos.
1- A escolha do FLU como sendo a Geni do Futebol. Sempre foi interessante ter um inimigo externo para esconder suas fragilidades. A guerra- Fria chegou no futebol há décadas. Criaram o inimigo comum com a pecha de que somos os que “viram a mesa”. Mas não irei aqui discutir isso.
2- A falta de defesa institucional que, confesso, em todos os meus anos de Maracanã, desde a época da Geral (onde infelizmente nunca fui), nunca vi sendo feita.
3- O verdadeiro ódio da até então única mídia existente no Rio: a imprensa e a Rede de TV, que inventou diversas artimanhas para elevar somente seu eleito, filhote de duas cores.
4- E finalmente o inaceitável (para eles) triunfo em 10 e 12 o qual também foi fartamente diminuído, sempre alegando coisas que de fato não existe como, por exemplo, favorecimento em jogos.
E aí nossa Torcida, que crescera sobremaneira a partir de 2.007 até 2012, passou a ser agredida por todos os lados e acreditou nessas agressões!
Na mesma época começou a escalada de dívidas e de incompetências administrativas. Neste momento, por conta dos pífios resultados em campo, a torcida começou a se distanciar dos gramados. Aliado a isto, tivemos a falta de tato de gestões desde Horcades até agora. A pá de cal: o crescimento exponencial das Redes Sociais “anti-Flu” e o (sic) Afastamento Social provocada pela Sindemia da Covid.
Ou seja, mais uma vez a frase: NÃO É SÓ FUTEBOL tem sua validade comprovada, mas aqui apresentada na sua face sórdida.
E o que fazer? Esta é a grande pergunta. A resposta é fácil de dar, porém de difícil consecução, principalmente num ano eleitoral no nosso Clube.
Precisamos resgatar o Sentimento de Ser Tricolor. Fazer, JUNTOS, ações para levar mais torcedores ao Estádio. Fazer promoções pontuais, que os reaproximem das Rampas do Estádio. Trazer os torcedores que enchiam as gerais para dentro do Maracanã, com ingressos promocionais, com base nos instrumentos Sociais que o Brasil já tem.
Ideias não faltam. O que falta é Vontade para implementá-las.
Fluminense: Chame sua Torcida para opinar!
Torcida: seu amor é ao Clube ou a você mesmo?
Acreditar que nada é possível fazer porque todas as condicionantes acima nos impedem é como que cuspir na face de Oscar Cox e seus primeiros companheiros. Eles não acreditaram ser impossível fazer o Primeiro Clube de Futebol. Foram lá e fizeram.
Agradeço ao Gugu Tricolor a oportunidade de nos fazer refletir sobre o tema.
Repito aqui o que disse um grande estadista americano.
Yes, We can!
Fernando Barcellos – Cronista Tricolor.
Ótima coluna que me faz refletir muito. Acredito que a grande maioria da torcida é positiva em sua atitute em relação ao nosso Fluzão mas peca pelo silêncio.
Sensacional cronista! É isso aí.
Vc que foi o IRRESPONSÁVEL que me “obrigou” a escrever isso
A tecnologia está se desenvolvendo cada vez mais rápido, e os telefones celulares estão mudando cada vez com mais frequência. Como um telefone Android rápido e de baixo custo pode se tornar uma câmera acessível remotamente?