As Escolas pré-históricas sempre foram as da Vida. Lá a cultura era repassada de pai para filho ou nas rodas das tribos. Normalmente falando das caçadas e de estratégias de sobrevivência. E essa cultura oral foi predominante em mais de 95% de nossa existência.
Imagino que esta foi a Cultura dos primeiros tricolores que habitaram as nobres alamedas das Laranjeiras! Claro que um pouco diferente, pois seu garbo e elegância diferiam em muito dos pré-históricos alunos-professores, afinal o esporte criado por lá emanara de famílias aristocráticas. E aí se tocam os primeiros hominídeos e os primeiros tricolores!
Mais à frente, a Cultura Clássica Grega, com a sua formação universal na qual a matemática conversava com a poesia e a Astrologia com a Religião talvez seja mais afeita à época de meus pais e tios. Onde nossa supremacia de 3 cores imperava e com exatos 50 anos de vida éramos o dono do mundo. Não tínhamos medo de experimentar, exagerar ou mesmo de “apenas” filosofar! Estávamos com a Cátedra da Verdade ao nosso lado.
Mas aí os tempos obscuros da idade média trouxeram a educação para o mundo exclusivo dos Mosteiros onde a Verdade era aquela não podia ser contestada. Livros foram queimados! Será que foi nesta época que nosso Título de 52 foi também apagado da história? Mas os anos 50 e 60 eram da Bossa-Nova e o futebol era o único circo que o povo podia ir.
Mas o alvorecer da Educação pelo Iluminismo trouxe a liberdade de pensamento da Máquina da década de 70 e dos TIMINHOS FANTÁSTICOS que nos deram muitos Cariocas e o Brasileiro da década de 80. Times que traziam ao torcedor a esperança da vitória, mesmo que impossível. A derrota nos fazia mais fortes para o próximo confronto.
Mas a derrocada da educação dos anos 90, onde nem mais nas escolas privadas tínhamos professores preocupados em ensinar, mas tão somente em fazer os alunos passarem nos Vestibulares da vida, destruiu o que nós tricolores tínhamos de melhor: o PENSAR. E com isso tivemos a mais ignóbil reprovação, que marcou para sempre nossa vidas: A 3ª.divisão.
A nossa torcida estava sem confiança para gerar novos tricolores. Passamos talvez a pensar somente em nós. Mas aí aconteceu o suave Milagre Futebolístico veio a partir de 2007. E as participações marcantes na Libertadores do ano seguinte e nos títulos de 10 e 12.
Mas aí essa escola, sem professores, sem didática e sem profundidade talvez tenha criado torcedores exigentes, mas sem lastro. Ou até mesmo corrompido alguns de cabelos brancos (ou já sem) que se deslumbraram com os fogos de artifício fantástico daquela noite trágica de 2 de julho.
Agora, depois de mais essa rasteira que a palmatória da vida nos deu nesta última semana, talvez seja a hora de começarmos de novo. E já fizemos isto tantas vezes!
Que a geração “rede-socialianas” se desprenda um pouco do celular e ingresse mais nos livros e nas rampas do Maracanã. Juntos podemos reerguer nossas bandeiras, nossos heróis e nossos TIMINHOS.
O Fluminense somos nós e só o somos por sermos diferentes de todos os outros.
Esta é a Coluna em 3 Cores de hoje e
Eu sou o Cronista Analfabeto Tricolor
Fernando Barcellos
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